Três anos depois de Raiders of the Lost Ark, Spielberg e Harrison Ford apresentam-se numa muito esperada sequela. Desta Feita não temos os terríveis nazis, mas uma seita sombria que planeia dominar o mundo com a ajuda de 5 pedras míticas.
Indiana Jones é apanhado a meio dos planos desta seita, aliás, ele quase que se vê forçado a ajudar uma tribo de onde uma das míticas pedras foi roubada. Não temos propriamente alguém a pedir ao arqueólogo que vá tentar descobrir um artefacto antigo. Pode-se dizer que ele foi apanhado numa torrente de eventos que só alguém como ele podia lidar.
Este filme é, geralmente, visto como o mais fraco da trilogia inicial. Talvez concorde com essa afirmação, mas acho que estes três filmes dos anos 80 são tão bons, que a diferença de qualidade entre eles é mínima.
Harrison Ford tem nova excelente interpretação e começa logo a rasgar, com um início de filme absolutamente espetacular. O humor tão peculiar do arqueólogo une-se a uma sagacidade tremenda e a um enorme espírito de aventura. Se no primeiro tinha criado um Indiana Jones fantástico, Harrison Ford mantém o nível bem elevado nesta sequela.
Destaque também para a companhia feminina da praxe, aqui ao cargo de Kate Capshaw, que enfrentou muito mais perigos e bichos que Karen Allen. Aliás, a pobre mulher foi, a modos que apanhada no meio das aventuras e confusões, que o nosso caro arqueólogo enfrenta volta e meia. Para terminar o rol de destaques tinha que deixar uma palavra de apreço ao esforço do miúdo Jonathan Ke Quan, que faz de pequeno ajudante.
Um dos problemas que penso que se possa apontar a este filme, apesar de a mim não me fazer qualquer tipo de confusão, é o facto de se puder ficar com a sensação que tudo aconteceu por obra do acaso, ou seja, Indiana Jones não contava em recuperar uma pedra mística e os acontecimentos parece que não foram devidamente suportados por uma background mais sólido. Nós estamos, literalmente, a acompanhar uma aventura não planeada de Indiana Jones.
É uma excelente continuação da saga, um pouco mais negra que a anterior e também mais mexida em determinados momentos. E depois tem Steven Spielberg, esse grande mago da 7º Arte, ao leme dos acontecimentos. E nós sabemos que Spielberg sabe o que faz. Ah, e John Williams mantém a elevada qualidade da parte musical do filme.
Talvez não tenha aquela magia do primeiro, pois normalmente, o primeiro é sempre o primeiro, mas está quase ao mesmo nível. Filme muito bom de aventura e entretenimento!
8/10
2 opiniões sobre “Indiana Jones and the Temple of Doom (1984)”