Não há como negar, Jurassic Park de Steven Spielberg foi um marco na história do cinema. Aliás, ainda continua a ser. Nunca antes os dinossauros tinham “entrado” pelas casas dentro de forma tão realista e impressionante. E a banda sonora inesquecível de John Williams? Jurassic Park faz parte daquele lote restrito de filmes que causaram sensação e espanto quando estrearam. Ainda hoje causa.
Duas décadas depois, surge novo filme no franchise entretanto estabelecido. Jurassic World vem depois de Jurassic Park III, um filme sem chama, incapaz de causar qualquer tipo de admiração.
Era pois, legítima, a apreensão por parte da malta fã destes gigantes do passado e do cinema em geral. Será que viria aí mais um filme sensaborão, incapaz de criar o mesmo tipo de emoções do seu parente de 1993?
Mais ou menos…
Quero com isto dizer que Jurassic World não é um filme que envergonha o Universo idealizado por Steven Spielberg. É um blocbuster que entretém o suficiente, apesar de ter momentos bem ridículos numa história genérica, suportada por bons efeitos especiais (não são efeitos práticos, mas o CGI está muito bom) e atuações convincentes.
O elenco, aliás, é bem sólido. Chris Pratt tem carisma de sobra, Bryce Dallas Howard para além da extrema beleza traz qualidade e os miúdos escolhidos conseguem criar empatia connosco.
É pena nunca conseguir ter algum momento fascinante. Nunca me fez sentir o que senti quando entrei pela primeira vez no parque temático ao sabor da música de Williams. Nunca me fez tremer de espanto e terror como a primeira vez que vi aquele copo com água tremer perante os passos do T. Rex.
Eu sei que era difícil. Jurassic Park é único e se calhar é injusto fazer comparações. Jurassic World, como já disse, não envergonha. É um blockbuster divertido, a momentos bem tenso, que traz alguma nostalgia. Eu gostei! Podia ser melhor, mas também podia ser bem pior.