Uns dias atrás, quando navegava pela lista das séries que a Netflix carinhosamente recomenda que veja, deparei-me com uma que captou a minha atenção.
Normalmente, costumo informar-me um pouco antes de começar uma série. Fazer uma espécie de filtragem, para que não sinta que vá desperdiçar o meu precioso tempo.
Mas, com Helix, perdi a cabeça. Comecei a ver sem saber ao que ia, apesar de no fundo sentir que iria ver uma série medíocre.
E estava certo.
Apesar de tudo, Helix começa bem melhor do que termina. Quero com isto dizer, que o conceito inicial é interessante quanto baste. Existe mistério e tensão em doses suficientes, o que me ia deixando com curiosidade em saber o que estava a acontecer.
O elenco não é nada do outro mundo, mas também não envergonha ninguém. A realização a mesma coisa.
Esta a ver um produto “arranjadinho”, suficiente para me entreter antes de ir dormir.
Mas, depois lá mais para o final, algumas situações deixaram-me descontente e notei, claramente, que a história principal não estava preparada desde o início. Estava a ser escrita à medida que os episódios iam avançando em número.
O final então, acho que foi só para causar impacto sem se pensar bem na lógica da revelação. Enfim…
Ainda assim, a primeira temporada de Helix é razoável.
Agora a segunda!?
Não sei bem o que raio está a acontecer, mas Helix perdeu-se completamente no que queria contar. Arcos narrativos pouco credíveis, personagens pouco interessantes, irritantes e algumas a tornarem-se caricaturas delas mesmas, demasiada incoerência, diálogos sofríveis e muita falta de lógica.
É como se quisessem contar uma conspiração global que atravessa gerações, mas não soubessem como o fazer da melhor forma.
Confesso que vou ver até ao fim, mas os episódios são cada vez piores e cada vez mais insanos. Nem sei bem o que esperar mais de Helix.