Nada como assistir a um filme de terror neste quadra natalícia. Especialmente se for um filme capaz de eriçar os pêlos das costas, e provocar desconforto.
Tinha este filme no disco há já algum tempo. E tinha algumas expectativas, confesso. Tinha lido coisas positivas no meu mural do facebook (esse antro especializado 🙂 ), pelo que pensava que iria ter uma boa sessão.
Pipocas feitas, smplayer aberto, ligação hdmi efetuada e vamos lá!
Segundos depois, já estava a franzir o sobrolho. É que a mensagem que o que ia ver, eram imagens editadas de um documentário médico e também de câmaras de segurança, fez logo soar os alarmes todos.
Já tinha visto isso demasiadas vezes. E a maioria nunca acabava muito bem.
The Taking é apresentado no estilo found footage, popularizado pelo The Blair Witch Project, e conta a história de um grupo de pessoas que está a realizar um documentário em que pretendem dar a conhecer a problemática que envolve os pacientes que sofrem de Alzheimer.
A parte inicial, apesar da minha desconfiança, foi, de certa forma, interessante. A utilização do Alzheimer estava a revelar-se como um factor de diferenciação.
O problema é que depois começou a descambar para os mesmos problemas de sempre. E o filme passou para um típico caso de possessão.
Existem alguns momentos interessantes, é verdade. A atuação da possuída, Jill Larson, está acima da média. O olhar penetrante, as situações típicas de possessão, o desespero que atormenta quem sofre de Alzheimer. Tudo bem feito.
Uma ou outra cena mais arrojada, também conseguiram criar algum impacto. Mas lá está, isso está mais visível no primeiro ato do filme.
Depois vêm as montagem frenéticas, em que não se percebe um caralho do que está a passar. Só se ouvem gritos e urros, enquanto a câmara anda para ali a dançar ao desbarato.
Pessoalmente, achei que o filme começou bem, mas que à medida que ia avançando ia ficando cada vez mais igual a tantos outros, do mesmo género.
De qualquer maneira, para quem gostar de possessões, poderá dar uma espreitadela.