Este filme conta com uma popularidade que, de certa forma me surpreendeu. Na verdade, o que quero dizer, é que não partilho do mesmo entusiasmo da generalidade das pessoas, em relação a ele.
Não é que tenha ficado desagradado ou particularmente desiludido. Talvez algo aborrecido lá para o fim. No entanto, Edge of Tomorrow é um bom entretenimento e melhor que a maioria dos blockbusters que saem em catadupa de Hollywood.
A premissa base é semelhante a Groundhog Day ou Source Code, ou seja, um indivíduo é “obrigado” a repetir o mesmo dia vezes sem conta, para atingir um determinado objetivo. Neste caso, o indivíduo é um militar de nome Cage, que se vê no meio de uma guerra com uma espécie alienígena.
A meio de um combate sem tréguas, ganha a habilidade de repetir o dia anterior, sempre que morre. Mantendo no processo, as memórias.
Cage, mais tarde com uma ajuda feminina, vai tentando obter vantagem na guerra com essa habilidade. Trocando por miúdos, vai morrendo a torto e a direito, aprendendo sempre cada vez mais como combater os extraterrestres.
É uma premissa sempre interessante, se for desenvolvida da melhor forma. Se não for o caso, corre-se o risco de se tornar aborrecida, uma vez que funciona na base da repetição e, convenhamos, quando se repete a mesma coisa vezes sem conta, ficamos com vontade de bocejar.
O filme mantém-se fresco nos minutos iniciais. O humor é surpreendentemente eficaz e hilariante. Aliás, é um dos pontos fortes do filme. A acção espetacular e os efeitos especiais excelentes. Tom Cruise em grande forma e Emily Blunt a marcar presença, sem ser apenas pela beleza.
No entanto, não evitei algum cansaço. Não tanto por estar a ver o mesmo dias várias vezes, mas pelo romance inserido mais para a frente e pelo final à-lá-Hollywood. Melhor dizendo, o último ato perde-se em banalidades desnecessárias e falha em manter a mesma frescura dos minutos anteriores.
De qualquer maneira, Edge of Tomorrow entretém. Vale a pena uma vista de olhos.
Uma opinião sobre “Edge of Tomorrow (2014)”