A série deixou-me boas impressões. A primeira temporada foi de altíssima qualidade. A segunda nem tanto, mas ainda assim repleta de bons momentos. Restava-me assistir ao filme, e regressar a Twin Peaks. Foi o que fiz.
Com o cancelamento prematuro da série, David Lynch decidiu que ainda havia muito mais para contar e mostrar acerca da vida dos excêntricos habitantes de Twin Peaks.
O filme saiu um ano depois do final da série, e mostra os acontecimentos que levaram à morte de Laura Palmer, e à investigação do homicídio de outra jovem, Teresa Banks. Para quem não está recordado, ou não sabe, o assassinato de Laura Palmer é a força motriz da série. É o mistério principal.
Aqui, Lynch irá mostrar a investigação de um homícidio, Teresa Banks. Mas verdade seja dita, o interesse principal, são os últimos sete dias da vida de Laura Palmer. Toda a espiral descendente de loucura, solidão e afastamento da jovem de todos aqueles que a rodeiam.
É um filme interessante, tipicamente “Lynchiano”, ou seja, com diversos momentos surreais e bizarros.
Consegue funcionar separado da série, mas quem a viu, irá perceber melhor certos pormenores. É um bom complemento. E, para além de mostrar acontecimentos anteriores aos da série, também serve de epílogo para uma das suas principais personagens.
Não tenho muito a apontar. Gostei de ver a maioria do elenco excêntrico, a interagir de novo na pequena cidade de Twin Peaks. A realização é bastante boa, com alguns momentos bem intensos e marcantes.
Só tive pena que a atriz que dava vida a Donna, a melhor amiga de Laura Palmer, não tenha aceitado participar, e que o carismático agente especial do FBI Dale Cooper não tenha sido mais utilizado.
De resto, recomendo, principalmente para quem for fã da série. Ficamos esclarecidos em vários pontos e é muito interessante ligar o filme com a série.
E depois, existem poucas cidades como Twin Peaks. Bizarras, e estranhamente magnéticas.
When this kind of fire starts, it is very hard to put out. The tender boughs of innocence burn first, and the wind rises, and then all goodness is in jeopardy.
Uma resposta a “Crítica – Twin Peaks: Fire Walk With Me (1992)”
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