Fahrenheit (PS 2)

Um jogo diferente do habitual

Enquanto a maioria está ocupada com as PS3, XBox 360, WII e, mais recentemente WII U, eu vou entretendo-me com a minha PS2. Pois, vou andando uma geração atrasada. Como não sou um ”graphic whore“, e sei apreciar bons jogos mesmo que estes tenha 5, 10 ou 20 anos, pouca diferença me faz.

Isso não invalida, claro, que não acompanhe a atualidade e que tenha vontade de experimentar alguns dos mais recentes jogos.

Mas falemos mesmo é de Fahrenheit para a PS 2.

O jogo, também conhecido por Indigo Prophecy, foi lançado em 2005 e desenvolvido pela malta da Quantic Dream.

É, essencialmente, uma espécie de filme interativo, um thriller com contornos sobrenaturais que, apesar de ser bastante curto, tem uma enorme longevidade na medida que pode ser repetido e tornar-se numa experiência bastante diferente.

farenheint 2

Com isso quero dizer que quando formos jogar Fahrenheit pela segunda ou até terceira vez, podemos utilizar diferentes formas de progressão para atingir o objetivo final. Claro que a história não muda, mas a forma como as personagens que controlamos interagem com os acontecimentos sim.

Por exemplo, e isto acontece logo no início do jogo: quando passamos a controlar Lucas Kane (um dos principais personagens do ”filme“) temos logo que decidir – isto após termos assistido a um assassinato por parte dele numa casa de banho de um restaurante – se fugimos do local ou se escondemos o corpo.

A nossa decisão terá consequências futuras. Assim como as várias decisões que iremos tomar durante o curso do jogo. Isto torna a experiência mais interessante, imprevisível e ótima para, após terminarmos o jogo, começarmos de novo e fazer diferentes escolhas.

Claro que nem todas as escolhas serão acertadas. E elas também tem implicações no estado de espírito de cada personagem.

farenheint 3Existe um medidor que mede a disposição de cada um. Quando atinge níveis baixos é Game Over. Tarefas mundanas como, por exemplo, lavar a cara ou ouvir um pouco de música, por vezes são suficientes para se sair de um estado depressivo para um estado mais positivo.

A jogabilidade é realmente bastante interessante.

Temos também, em algumas cenas de ação ou mesmo durante conversas, que estar atento ao ecrã e movimentar os analógicos conforme indicações que surgem no ecrã. Aliás, para fazer movimentos como abrir portas, deitar-mo-nos numa cama ou escalar muros temos que fazer movimentos específicos com o analógico direito. E para não falar nos diversos split-screens em que temos que tomar decisões vendo o que se passa noutra divisão do mesmo prédio, por exemplo.

Primeiro estranha-se, mas depois entranha-se!

farenheint 4Os gráficos não são nada de especial, mas também não desiludem. O jogo brilha mesmo é na jogabilidade, na banda sonora e na história.

A história é deveras interessante e vai melhorando á medida que vamos avançando. No que começa com um assassinato termina com um Apocalipse mundial. E nós vamos ”atravessando“ a história com várias personagens. É muito interessante acompanhar as diferentes perspetivas de cada um deles.

No entanto, mais para o fim, parece que a história avança diversos capítulos. De repente temos atitudes entre as duas principais personagens que não se percebem. Não sei que raio aconteceu, mas isso atrapalhou o ritmo do jogo.

De qualquer maneira, Fahrenheit é um jogo único. Uma experiência verdadeiramente cinematográfica numa consola. Para quem for fã de thrillers sobrenaturais que não perca tempo.

Experimentem! Vale bem a pena.

2 opiniões sobre “Fahrenheit (PS 2)

  1. Joguei-o no PC e fiquei completamente rendida. Foi sem dúvida um dos jogos que mais gostei. Além disso, foi a razão de ter ficado deprimida, por não ter uma playstation 3 para experimentar o Heavy Rain (também desenvolvido pela Quantic Dream) ah ah

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