«Somewhere in the Universe, there must be something better than man!»
Deveria ter visto este filme antes de ter assistido á sua prequela, Rise of the Planet of the Apes. De qualquer maneira, é quase sempre curioso e interessante, fazer o inverso e começar pelo início e não pelo fim de uma história.
Planet of the Apes é um filme de Ficção-Científica estreado em 1968 – curiosamente nesse mesmo ano também estreou um dos grandes clássicos e um dos melhores ensaios de Stanley Kubrick, 2001: A Space Odyssey – estrelado por Charlton Heston e dirigido por Franklin J. Schaffner.
O argumento é baseado no livro La Planète des Singes do autor Pierre Boulle, onde é descrito que num futuro longínquo, uma pequena tripulação de humanos que viajava pelo espaço, aterra num planeta aparentemente desolado e sem vida.
No entanto, após alguma exploração (que conta com uns planos fantásticos), a tripulação acaba por encontrar um sociedade semelhante a símios que domina o planeta. Mais curioso ainda, uma das espécies que os símios dominam são semelhantes aos humanos. Só que eles não falam e exibem comportamentos pouco evoluídos.
O filme exibe toda a gloriosa marca dos seus 44 anos, mas surpreendentemente, ou até não, consegue manter-se ainda muito atual na sua forte mensagem político-social.
A arquitetura escolhida para representar esta sociedade, assim como os comportamentos extremamente obtusos dos seus superiores face á ciência, e a preferência dada á religião, são assustadoramente, um reflexo de muito do que se passa com a humanidade.
Além do mais, acredito que tenha sido um marco em questão de efeitos especiais na altura. Claro que agora parecem um pouco ridículos e datados os macacos, ou melhor, os fatos de macacos, mas ainda assim, mantém-se um certo charme na caracterização, e na forma como os atores dão suporte a ela. Nomeadamente na forma como alguns caminham e fazem os trejeitos com a boca característicos dos macacos.
Depois tem um Charles Heston a “suar” coolness e por vezes num over-acting extremamente delicioso, uma banda sonora bem esgalhada, e um twist final arrebatador (com o berro do Heston incluído)!
Para quem, como eu viu a boa prequela do ano passado, irá reparar em pequenos pormenores que ligam os dois filmes, e por vezes esboçar aquele sorriso maroto de quem percebeu a papinha toda.
Um bom clássico do cinema. Agora não sei se deva ver as sequelas e o remake→ de Tim Burton. Tenho medo que após ver o remake tenha que gritar «God damn you all to hell!»
Vê o do Tim Burton que vale sempre a pena perceber que ele fez um upgrade e não própriamente um mero remake. Também tem um final que te vai surpreender… e que não é facilmente explicável (permite imensas teorias para o justificar).
Deste filme, que já não vejo há muitos e muitos anos (e o mesmo das sequelas dessa altura, que são na verdade até vistas como prequelas…), o que mais marca é precisamente a grande revelação que nos transmite o twist final (um dos mais célebres twists finais de um filme – algo que Shyamalan soube em ’99 dar novo interesse a este efeito narrativo).
Não é por nada mas diria que o “Rise of…”(2011), até funciona melhor como possível prequela do filme do Burton que do filme original. Mas estou a falar por memória… mas de certa forma, colocaria o “Rise of Planet of the Apes” como prequela do filme de Tim Burton. É uma ideia…
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se deves ou não ver as sequelas e o remake do Burton, é contigo. As sequelas apenas vi muito recentemente e não chegam aos pés do clássico. Mas algumas até se vêem bem. O remake do Burton eu sou suspeito para falar. Eu gostei bastante, chegando a preferir em relação ao de 1968. Prefiro o ambiente escuro, mais de selva do filme. E tem um final que é preciso perceber. Lembro-me que na altura em que saiu o filme foi “trucidado” por grande parte da crítica. É dar uma hipótese…
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Se calhar vou tentar ver o remake. Obrigado pelo comentário, João.
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