Um escritor (Ewan McGregor) é contratado para escrever as memórias do primeiro-ministro britânico Adam Lang (Pierce Brosnan) e, apesar de algo relutante, aceita após ouvir o preço que lhe vão pagar. Contudo, o que se avizinhava algo fácil, começa a tornar-se num amontoado de questões políticas dúbias e num crescente acumular de intriga.
Roman Polanski (crítica a Rosemary’s Baby do mesmo realizador aqui), assina aqui um thriller muito bom, repleto de ingredientes essenciais. O mais curioso é que Polanski fez grande parte do se trabalho, enquanto esteve em prisão domiciliária. Pode-se dizer, e serve como analogia ao título do filme, que Polanski foi um ghost director.
The Ghost Writer, ou em português, Escritor Fantasma, é meticulosamente construído, graças a um argumento de enorme qualidade e a interpretações fortes e seguras. Poderá dizer-se que existe uma certa falta de ritmo, mas é tudo tão meticuloso, que no final ficamos com a sensação de termos assistido a um produto completo.
Os actores, como já referi, estão bem, muito seguros, principalmente o ex 007, McGregor, Olivia Williams e Tom Wilkinson. A realização essa, é claramente á Roman Polanski, com cenas tensas (a cena final é excelente), sem recorrer a grandes artíficios para o fazer.
É um filme de autor e um óptimo exercício de cinema. Adequado para quem ama esta arte. Recomendo.
2 opiniões sobre “The Ghost Writer (2010)”