Thomas Craven, um veterano da Brigada de Homicídios da Polícia de Boston, vê a sua filha ser assassinada á porta de sua casa. Mesmo á sua frente. Começa a investigação… Craven procura vingança.
Tinha algumas expectativas em relação a esta fita. Martin Campbell é autor de Casino Royale e tinha como grande estrela Mel Gibson. Eram, á partida, 2 boas razões para se esperar algo de bom. Em certa medida, essa expectativa foi superada, mas nunca de tal maneira que fique a considerar este filme um thriller diferente de tantos outros.
O início é bastante bom. Campbell dá a entender o amor entre pai e filha com pormenores subtis, e agarra logo a nossa atenção com aquela morte brutal inesperada. É lamentável que não tenha conseguido manter-nos sempre agarrados á medida que a fita se aproximava do fim. A narrativa, apesar de interessante, torna-se demasiado monótona em várias alturas. Tudo bem, que por vezes é aguçado o nosso apetite por mais, com cenas mais movimentadas – normalmente mortes bem violentas – ,mas não surgem na altura certa.
Mel Gibson, após uma ausência de alguns anos como actor, regressa em boa forma. A sua interpretação, primeiro de um homem desolado pela morte da filha, depois pela confusão e incredulidade perante a conspiração que vai descobrindo e, por fim, a de hum homem que não tem nada a perder, é assaz credível.
Não é o único destaque. Ray Winstone também nos dá um personagem (Jedburgh) muito interessante. Aliás, não me surpreende se preferirem Jedburgh a Thomas Craven. As suas palavras ácidas e misteriosas elevam a curiosidade do espectador e as suas acções no fim do filme, tornam-no num dos pontos positivos da fita. Apesar do pouco tempo de antena, Bojana Novakovic não compromete em nada.
Edge of Darkness é um thriller interessante, com boas personagens, mas monótono em várias ocasiões e que não traz nada de novo. É mais do mesmo. Um último destaque para a banda sonora que achei discreta, mas bem utilizada. Esperava um pouco mais, mas não saí completamente frustrado.
Realizador: Martin Campbell/2010
De Positivo: Mel Gibson e Ray Winstone. Diálogos interessantes. Algumas cenas surpreendentes.
De Negativo: Partes monótonas. Não traz nada de novo ao género.
Thomas Craven: Everything’s illegal in Massachusetts.
Respostas de 9 a “Edge of Darkness (2010)”
[…] a mitologia do “Universo” Green Lantern, antes de assistir ao filme de Martin Campbell (Edge of Darkness). Não é que no final tenha adorado o filme, mas acabei por gostar deste(s) herói(s) da DC […]
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[…] Portugal, o mais recente filme do gigante Martin Campbell (“Casino Royale”, “GoldenEye”, “Edge of Darkness”) conta a história do guardião da Terra Hal Jordan (Ryan Reynolds), o primeiro humano a entrar […]
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Estou curioso por ver o filme muito pelo regresso do Mel Gibson à representação. Agora, Ricardo, devo-te dizer que o teu blog está cada vez melhor. Gostei da ideia de colocares os aspectos positivos e os negativos.
Um abraço!
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Obrigado! 🙂
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Olá Ricardo,
Pareceu-me interessante, gosto deste tipo de filmes, apesar de serem todos a mesma a coisa. É tipo as novelas: todas as mulheres vêm mesmo sabendo que a história vai acabar com a personagem X e Y a casarem-se. Mas gostos não se discutem, mesmo que estes sejam algo um pouco irracional.
Bem, avante. Acho que devias começar a incluir, sempre que possível, o Youtube do trailer. É algo muito rápido de se incluir, mas algo muito enriquecedor para o artigo!
Abraço,
Cláudio Novais
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Ve-se bem o filme, Cláudio.
Quanto ao trailer, tenho pensado muito nisso. Em principio irei incluir um link e não uma pre-visualização. Obrigado pela opinião! 🙂
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Pelo trailer já se vê que é um filme de acção como tantos outros, daqueles estereotipados com muita acção, explosões, artes marciais e um herói vingador mas sentimental! Enganei-me?
Abraço
Cinema as my World
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É mais ou menos isso, Bruno. Vê-se bem, mas não é nada de mais.
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Acho que este tipo de género já estagnou, e os profissionais envolvidos no filme não suficientes para lhe dar credibilidade.
Eu gosto do Gibson mas prefiro-o noutro género de papeis.
Abraço!
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