Jim acorda numa cama de hospital. Rápido se apercebe que algo não está bem. Onde estão as pessoas? O que Jim não sabe, é que 28 dias antes, um poderoso vírus havia sido libertado em Inglaterra. Um vírus que torna os humanos raivosos e sedentos de sangue em menos de 20 segundos.
Danny Boyle apresenta aqui uma fita bastante interessante, muito devido á sua realização. Realização, essa, que é bastante dinâmica e fresca e arrojada. Não é que o filme seja algo de inovador, porque não o é. Trata-se de mais um filme de sobrevivência num cenário pós-apocalíptico. Só que tem um toque pessoal de Danny Boyle. E é um toque que, de certa forma, torna os acontecimentos bem mais interessantes.
A abertura inicial, mostrando as ruas de Londres vazia é bastante forte e dá o mote certo para o resto do filme. No entanto, mais para a frente, a história vai perdendo um bocadinho de força. Recupera essa força, a partir do momento em que chegamos ao refúgio militar. Fantástica toda a cena em que Jim volta ao refúgio para ajudar as mulheres.
O elenco é competente e conta com interpretações de Brendan Gleeson, Cilian Murphy, Naomi Harris e Megan Burns nos principais papéis. A banda sonora boa, com melodias alternativas, se bem que algumas vezes não as achei enquadradas com o que se estava a passar no ecrã.
Danny Boyle cria um filme forte no género. Para além do aspecto sobrevivência, inclui algumas questões deveras pertinentes (“people killing people”) e diálogos bem estruturados. E ainda filma tudo com grande estilo.
Realizador: Danny Boyle/2002
De Positivo: A realização. Cilian Murphy. A banda sonora.
De Negativo: Banda sonora mal utilizada algumas vezes. Um ou outro momento menos esgalhado. Sensação de “mais do mesmo”.
Jim: No, no. No, see, this is a really shit idea. You know why? Because it’s really obviously a shit idea.
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