Jeanne e Paul Ballmer são um casal que perdeu o filho no desastre do Tsunami de 2004, que assolou, entre outras regiões, a Tailândia. Devastados com a perda, e esperançados num milagre, visto que o corpo da criança não aparecera, o casal deixou-se ficar pela região.
Um dia, ao ver uma gravação de vídeo, Jeanne chama a atenção para Paul, e insiste que uma das crianças que aparece no vídeo é o seu filho. A partir daí, ambos partem, com a ajuda do misterioso Thaksin Gao, em buscado filho pelas misteriosas zonas de Burma.
Vinyan é um filme com uma cinematografia muito boa. Du Welz, o realizador, proporciona belos planos, servidos principalmente pelas paisagens lindíssimas de Burma. Esteticamente, não tenho nada a apontar. Existem algumas cenas que são filmadas com muita inteligência, como a cena em que Jeanne se atira à agua tentando desesperadamente encontrar o barco que desaparecera; o constante “afogar” da câmara, acompanhado do típico abafo sonoro e dos gritos de aflição do casal, dão a sensação do desespero que se vive no momento. Ou então quando Paul, julga ver uma criança à sua frente e resolve segui-la, penetrando a selva por entre a noite com uma candeia na mão; achei o efeito espectacular: sombrio, misterioso e etéreo. A parte sonora, essa, é perturbante e normalmente bem aplicada.
Rufus Sewell, Emmanuelle Béart e Petch Osathanugrah são extremamente competentes nas personagens que interpretam. Tanto conseguimos sentir a tristeza e o desespero de Jeanne, como de Paul. Mais para a frente, o desespero de Jeanne dá lugar á loucura, e Paul é credível na forma como tenta chamar a sua mulher à razão.
Pelo que já escrevi, parece provável que a nota que irei dar a este filme será boa. No entanto, essa não será a realidade. Apesar de uma bela cinematografia, de uma excelente estética e de interpretações notáveis, Vinyan falha no argumento e no que queria ser. Chegamos ao fim sem perceber muito bem o que se passou ali. Para além disso, existem diversas partes que mais parecem que foram incluídas apenas para queimar tempo. E que final foi aquele? Vinyan poderia ser um óptimo filme, mas acabou por perder-se no meio de tanta confusão argumentativa. Leva as 2 estrelas, apenas e só pela parte técnica. Não o consigo considerar fraco, pois achei muitas cenas extremamente belas.
Respostas de 2 a “Vinyan (2008)”
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Olá Ricardo,
Eu vi o trailer e fiquei com muita vontade de ver o filme. E, mesmo eu sendo um pessoa bastante exigente no que toca a ver filmes (apenas vejo filmes com qualidade aprovada pelas análises e caso isso não seja suficiente, deixo de ver o filme a meio e ponto final), irei ver este pela ideia e, tal como referiste, pela qualidade visual em geral.
Espero não me arrepender. =D
Abraço,
Cláudio Novais
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